CADENZA CICLISMO – GRAN FONDO BANANEIRAS

Bananeiras é uma cidade localizada no interior do estado da Paraíba, na região do Brejo Paraibano. O Brejo é uma região de serra onde, em alguns meses do ano, faz frio real que frequentemente atinge os 10 graus celsius durante a noite e atende a vontade dos paraibanos da capital de “pegar um clima de serra por alguns dias”. Fica a aproximadamente 2 horas de carro de João Pessoa e foi escolhida para o nosso evento chamado Gran Fondo Cadenza, com 142 km e 1500m de ascensão no percurso. Por ser uma região de serra, as subidas ficam acumuladas no terço final do percurso, tornando o pedal bastante desafiador.

Na época escolhida não pudemos desfrutar do clima frio. Muito pelo contrário – entre Pirpirituba e a Serra de Bananeiras a temperatura chegou a atingir os 50 graus celsius e castigou bastante alguns ciclistas. Nesse ponto, o apoio dos parceiros do evento, Laboratório Roseanne Dore e Prefeitura de Bananeiras, foi sem dúvida alguma, fundamental para que os ciclistas chegassem bem ao destino final. Foram oferecidas hidratação e alimentação, além de apoio da polícia de trânsito e ambulância caso houvesse necessidade. Tenho que confessar que esse apoio das forças de segurança pública nos permitiram uma tranquilidade incomum para cumprir os últimos 30 km do desafio. Fica aqui nosso agradecimento a todos os envolvidos.

No geral, o pedal é razoavelmente tranquilo até os 80-100 km. Não há muitas subidas e o calor é razoavelmente suportável. Já nos últimos 30-50 km, parece que tudo que não aconteceu antes começa a acontecer de uma única vez – calor, desidratação, falta de vento e subidas íngremes. O desafio é definitivamente grande e diversos ciclistas não conseguiram completar, precisando entrar nos carros de apoio.

A logística foi a seguinte, por ordem:

  1. PREPARAÇÃO. Ponto de encontro marcado em frente a uma das unidades do Laboratório Roseanne Dore em João Pessoa bem cedo, com briefing sobre atuação do apoio, paradas, timetable, comportamento dos ciclistas na estrada e logística.
  2. PEDAL. Mais uma vez saímos pelo centro de João Pessoa e já havia algum trânsito até que chegamos à BR 230 sentido Campina Grande. Há diversas rotas até Bananeiras, mas para favorecer o apoio, escolhemos as passagens por Sapé, Mari, Guarabira e Pirpirituba. Estrada em condições razoáveis e com alguns buracos no asfalto, mas nada que nos colocasse em risco real. Em vários momentos passamos por paisagens de caatinga (vegetação típica da região) e formações rochosas belíssimas, impossíveis de capturar em fotos. Posso dizer que vale demais a visita à região do Brejo. Os últimos 10 km de pedal são o principal desafio com 4 subidas categorizadas (CAT4) com inclinações que variam de 4 a 12,5%. Some-se às subidas o desgaste e o calor, aí a percepção de dificuldade dessa chegada é enorme. Chegamos na Igreja Matriz, que como cereja do bolo nos coloca de speed em uma subida de paralelepípedos estilo Paris-Roubaix, com cerca de 500 m de extensão e um trecho de inclinação de 12%. Desnecessário… Hahahaaa!
  3. CHEGADA. Nos reunimos em um restaurante famoso de Bananeiras para a merecida comemoração, com buffet à vontade e bebidas. A resenha foi garantida, com muitas risadas e comemoração.
  4. VOLTA. Ao final, para oferecer comodidade e permitir que os ciclistas pudessem beber álcool e voltar tranquilamente, contratamos uma van com ar condicionado e reboque para as bicicletas. Todos em casa no final da tarde..

João Pessoa > Bananeiras é um pedal bastante duro principalmente pelas altas temperaturas e pela concentração de subidas nos últimos quilômetros. Vale demais pelo desafio, pelas paisagens e pela gastronomia na chegada.
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